DESIGN ESTRATÉGICO APLICADO AO SETOR MOVELEIRO
“Hoje, todos têm informação e capacidade de alcançar seus objetivos”. Batista destacou as organizações com modelo industrial, a velha economia. “Funciona? Funciona! Estão entre as 100 maiores do mundo? Sim! Mas é preciso olhar para o modelo das organizações exponenciais, a nova economia, aquelas que têm impacto positivo, que não faturam milhões, mas que têm curvas exponenciais, transparência e propósito social”, afirmou.
O designer também questionou a capacidade dos empresários em lidar com as transformações e necessidades de consumo: vender produtos ou solucionar problemas? Ter acesso ou posse? “Há um novo contexto e a evolução da espécie.
É preciso um novo mindset. Entender se as pessoas querem esse produto ou apenas usufruí-lo”. De acordo com Batista, a mudança no estilo de vida faz com que muitas pessoas optem por não adquirir por questões de sustentabilidade, conscientização, praticidade e preço.
“A nova geração prefere ter conhecimento, viajar, vivenciar, e não ter mais tantos bens materiais. Isso é favorecido pela tecnologia”. Segundo o palestrante, vive-se a sexta onda da inovação e o encontro de dois mundos: o que está indo e o que está chegando – causa uma zona de desconforto.
“É preciso treinar a inovação”, aponta ele, que completa: “A indústria cuspia produtos. Não entenderam que precisava de network, autonomia, relacionamento, valores emocionais e experiências. É isso que as pessoas buscam”.
O designer apresentou dados sobre o ser humano, que, em 1900, demorava 100 anos para dobrar seus conhecimentos. Em 2014, esse tempo era de 13 meses e, em 2020, será de 12 horas. “Como acompanhar isso? A empresa precisa ter conhecimento e interatividade”.
Para ele, o ramo da marcenaria precisa estar preparado para o futuro, pois pode nascer a empresa que vai matar o segmento, e é necessário pensar nisso. “No mundo dos negócios, muitas vezes não se usa a ferramenta adequada.
O design estratégico trabalha com conhecer o cenário – futuro provável; construir o cenário – o futuro possível e o futuro desejável”. Batista salientou que entender o mundo ajuda a desenvolver estratégias, e defendeu aspectos como fazer diferente, saber o que o cliente quer, ter equipes multidisciplinares, um propósito, ser único, original, engajar pessoas, entre outros.
“Não é o que se faz hoje, é o que se fará amanhã”, considerou. Segundo o palestrante, é preciso parar de falar de produtos e serviços e passar a falar de emoções e das mudanças. “Não se trata de móveis, mas da história de pessoas”, disse, e completou: “Se você não participar das transformações, elas vão acontecer sem você”.
Fonte: Insider 2