CTS AMBIENTAL INVESTE EM NOVA TECNOLOGIA PARA TRANSFORMAR RESÍDUO EM ENERGIA
O plasma é um gás altamente ionizado ou eletricamente carregado, conhecido na física como o quarto estado da matéria, e pode atingir temperaturas acima de 7.000ºC, efeito similar ao dos relâmpagos. Quando um resíduo sólido é exposto às altíssimas temperaturas do plasma, seus compostos orgânicos se dissociam em elementos primários ou moléculas simples, como hidrogênio, monóxido de carbono, dióxido de carbono, água, vapor e metano.
Em estado gasoso, estas moléculas constituem o gás de síntese, conhecido como Syngas, que através de um processo de resfriamento e filtração poderá se transformar em biocombustível, combustíveis sintéticos ou hidrogênio, substituindo combustíveis fósseis para geração de vapor e eletricidade. Cinzas e outros materiais inorgânicos, eventualmente presentes nos resíduos sólidos, são derretidos para um complexo silicato líquido que flui para a parte inferior do reator de plasma. Os resíduos inertes gerados neste processo podem ser reaproveitados nas indústrias que produzem artefatos, por exemplo, para a construção civil.
Segundo o gerente do CTS Ambiental, Paulo Roberto Furio, a gaseificação por plasma é uma solução viável para atender a crescente demanda por energia e, ao mesmo tempo, garantir o equilíbrio ambiental. “Os estudos de viabilidade técnica, econômica e ambiental apresentam resultados interessantes. As empresas consideram os projetos atrativos do ponto de vista econômico e tecnológico”, aponta Furio.
Um grupo de técnicos do CTS participou de uma missão aos Estados Unidos e ao Japão, no ano passado, e recentemente à Inglaterra, com o objetivo de conhecer experiências nesses países e aprofundar o conhecimento sobre a tecnologia. Estudos de universidades americanas apontam que a gaseificação por plasma pode gerar mais energia renovável por tonelada processada que outras tecnologias combinadas, como solar, eólica, aterros sanitários e energia geotérmica.
Fonte: Inova nº21