IFAT-SHANGAI: INOVAÇÃO EM ENERGIA E TRATAMENTO DE RESÍDUOS
Cinco grandes pavilhões, entre os mais de 20 no Centro Expo de Shangai, apresentaram alternativas para tratamento de efluentes, descontaminação de áreas, processamento de resíduos sólidos, secagem de lodos, purificação do ar ambiente e geração de energia por painéis fotovoltaicos.
Chamou a atenção a grande quantidade de pequenas empresas expositoras, muitas delas criadas em universidades. Elas desenvolvem membranas filtrantes, sistemas de descontaminação de áreas degradadas e de monitoramento ambiental e painéis fotovoltaicos. Todas essas empresas geram produtos especificamente para o mercado nacional, e algumas já estão exportando para países asiáticos.
Além da robustez de grandes processadores de resíduos para reúso ou reciclagem (Shredders), era notável a variedade de novos meios filtrantes, destinados à purificação do ar, redução de sólidos em efluentes e deságue de lodos de plantas de tratamento de efluentes.
Os expositores representam uma nova tendência na indústria têxtil, que produz tecidos de diferentes fibras e capacidade de filtração.
A estrela dos pavilhões foi, sem dúvida, o que reuniu mais de 20 expositores de painéis fotovoltaicos, de todo tipo de tecnologias utilizadas, como painéis mono e policristalinos, com eficiência que alcança 22% – uma das mais altas hoje no mercado. Alguns produtores já desenvolvem soluções menos impactantes esteticamente, com cores que se assemelham aos telhados, grama e regiões arenosas: vermelhos, verdes e amarelos.
O setor mais inovador propõe telhas de diferentes formatos e cores com o painel já embutido, capaz de atender as demandas de uma residência familiar típica de países muito quentes ou frios. O evento demonstrou o grande potencial das fontes de energia fotovoltaica e uma grande disseminação da tecnologia em edifícios públicos, comerciais, industriais e residenciais na China, Alemanha, Coreia e Estados Unidos. Foi o pavilhão mais visitado, com muitos exemplos documentados. O roadmap da tecnologia fotovoltaica já aponta soluções até 2020 para redução do PID – isto é, a redução da perda de eficiência gradual, que pode chegar a 30% em 50 anos nos melhores painéis.
A municipalidade de Shanghai foi outra estrela, com uma maquete de sua central de processamento de resíduos sólidos municipais e industriais perigosos, com soluções tradicionais como aterro e incineradores e outras inovadoras.
A solução mais inovadora é uma planta de tocha de plasma que processa os resíduos infecciosos de hospitais e resíduos perigosos da indústria química e farmacêutica, além do fly ash do incinerador, gerando uma escória vítrea empregada nos asfaltos e concreto. A planta é autossuficiente em energia e tem um projeto de upgrade para produção de syngás (gás de síntese), o que resultará em um excedente de energia para ser comercializado na rede. Dessa forma, além de eliminar os resíduos perigosos de outras corporações, a empresa elimina o seu próprio, gerando no incinerador e eliminando os custos de sua inertização, encapsulamento e aterro. A equipe do SENAI visitou a planta, um local limpo, sem odores, com jardins e passeios: uma utopia na área de gestão de resíduos.
Mais informações sobre as inovações ambientais do evento com o Setor de Tecnologias Limpas do CTS Ambiental: (21) 3978-6137 ou aoestreich@firjan.org.br.
Fonte: Súmula Ambiental nº208