Pensa Rio: especialistas debatem valorização do papel da mulher na transformação da sociedade
Protagonista de diversos papéis, que mudam de acordo com a época e a condição social, a mulher e sua capacidade de atuar na formação dos cidadãos foi assunto do Pensa Rio desta semana, que reuniu empreendedores, especialistas em gestão pública e integrantes de movimentos sociais em torno de um debate sobre engajamento civil como motor de transformação da sociedade.
A importância dos investimentos em educação e da generosidade na redução das desigualdades sociais foram apontados como alavancas fundamentais da transformação da realidade. “A generosidade é fundamental para a mudança de mentalidade” alerta Carlos Fernando Gross, vice-presidente da Firjan.
A democratização nos investimentos em inovação, no empreendedorismo e nas oportunidades para que a maioria possa usufruir dos espaços e benefícios públicos foram destacados por Elaine Rosa, produtora cultural e cofundadora da Feira Crespa: “Precisamos pensar em mecanismos para impulsionar políticas públicas para a empreendedora que muitas vezes é, ao mesmo tempo, profissional, mãe, mulher e chefe de família ou gestora de uma organização de família não tradicional”, avalia.
Entre as primeiras vivências de cidadania, a escola se transforma, nesse retorno às aulas presenciais, em experiência enriquecedora para toda a comunidade, que precisa seguir os protocolos da retomada para não expor ninguém ao risco. Mecanismos de autocuidado e de proteção ao outro passaram a ser vistos como instrumentos de consciência cidadã: “Ao mandar seu filho para a escola, você precisa se responsabilizar e respeitar as recomendações para não se expor à contaminação e não expor ninguém do seu convívio. As crianças estão observando tudo e colaborando”, afirma Teresa Pontual, subsecretária de Ensino no município do Rio.
As soluções concretas que surgem a partir de esforços coletivos, governamentais ou não, foram citadas durante o encontro como bons exemplos de engajamento civil que geram resultados. Segundo Joaquim Monteiro de Carvalho Neto, membro do Conselho Estratégico da Casa Firjan e fundador do Movimento “Rio Eu Amo Eu Cuido”, o cidadão não precisa integrar a máquina pública para ter potencial de transformação. “Precisamos nos sentir parte da solução. Não é só uma questão de governo, mas do papel de cada um de nós. De nada adianta cobrar as ações do governo e seguir jogando a guimba de cigarro no chão, avançando o sinal, escrevendo na carteira”, alerta.
Para José Luiz Alqueres, presidente do Conselho Estratégico da Casa Firjan e curador do Pensa Rio, as mudanças têm que partir dos cidadãos e passam pela compreensão masculina sobre o valor do papel da mulher na sociedade. Também membro do Conselho Estratégico da Casa Firjan e da Academia Brasileira de Letras, Rosiska Darcy de Oliveira compartilha da mesma ideia: “Precisamos valorizar a mulher, que vem cumprindo, além de vários outros papéis, esse trabalho de transformar os filhos em criaturas capazes de irem para a escola, para a faculdade, para o trabalho, em seres responsáveis por suas cidades”.
Com mediação de Julia Zardo, gerente de Ambientes de Inovação da Firjan, a série de debates que visa apresentar ideias inovadoras para o estado é realizada às quartas-feiras, às 11h30m, e transmitida pelo canal da federação no YouTube.
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Fonte: Firjan.