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Calçada Acessível: Friburgo adere ao projeto

Caminhar pelas calçadas de uma cidade é enfrentar, todos os dias, uma corrida de obstáculos: buracos, pedras e tampas de bueiros soltas, desníveis no calçamento, postes no meio do caminho, árvores, canteiros sem padronização, rampas para garagens, que prejudicam o vai e vem das pessoas,  principalmente de idosos, pessoas com deficiência ou quem empurra um carrinho de bebê. Por isso representantes do Sistema FIRJAN e da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP) se reuniram com o prefeito de Nova Friburgo, Renato Bravo, e secretarias responsáveis para falar do projeto Calçada Acessível.

O projeto faz parte do Soluções para Cidades, que é um programa da Associação Brasileira de Cimento Portland, de apoio à gestão de municípios, que tem o objetivo de acelerar e qualificar o desenvolvimento urbano nas áreas de Mobilidade, Saneamento, Habitação e Espaços Públicos. O projeto consiste em sugestões para mudanças em legislação, cartilhas e obras consolidadas, formação de grupos de trabalho para desenvolvimento de cartilhas e diretrizes, além da mobilização por meio de seminários.

A iniciativa é fruto de parceria entre o Sistema FIRJAN e a ABCP iniciada em 2010 e contou com o apoio do Ministério Público, Núcleo Pró-acesso da FAU/UFRJ (Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Rio de Janeiro), CREA-RJ, Sincocimo, Sinduscon-Rio e a Bloco Brasil.

Segundo Marcelo Kaiuca, coordenador geral do projeto pela Federação e vice-presidente do Conselho da Representação Regional FIRJAN/CIRJ na Baixada I, a proposta é criar um padrão de calçada que seja acessível e confortável pra qualquer pessoa. “As calçadas dos nossos municípios são péssimas, muito ruins. Se você observar, tem cidades onde as pessoas preferem caminhar no meio da rua porque a calçada em si se torna uma maratona de obstáculos”, enfatizou.  Carlos Eduardo de Lima, presidente da Representação Regional FIRJAN/CIRJ no Centro-Norte Fluminense, ressaltou a relevância de um projeto como esse para uma cidade turística como Nova Friburgo e que é polo comercial e industrial da região. “Estamos pensando em um futuro planejado com ideias modernas e engajadas para dar mais acessibilidade à população”, afirmou.

De acordo com o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Centro Norte-Fluminense, Gustavo Sarruf, o desenvolvimento urbano que é puxado, também, pela mobilidade. “Essa é uma oportunidade não só de criar um manual para quem queira construir, mas também incentivar quem tem calçadas prontas, fora do padrão a refazê-las com a criação de políticas de incentivo, por exemplo, que com certeza trariam benefícios para toda a sociedade.

Entre os objetivos do projeto, a ideia é orientar técnicos das prefeituras, como engenheiros, arquitetos, os gestores públicos, lideranças dos Conselhos Municipais dos Direitos das Pessoas com Deficiência e do Idoso dos municípios, envolvidos e responsáveis pela elaboração de projetos e obras e que atuam na formulação de políticas públicas de acessibilidade. Criando uma metodologia que consegue conscientizar cidadãos e comerciantes sobre a melhor forma de se construir uma calçada, especificando onde se pode colocar um poste, uma lixeira, onde plantar uma árvore, evitando que as pessoas tenham dificuldade de transitar pelos espaços urbanos.

Uma das etapas iniciais que mais chamam a atenção é uma vivência feita com engenheiros e arquitetos que planejaram partes das cidades, e também responsáveis dos governos municipais. Eles são convidados a vivenciar como é ser cadeirante, ou deficiente visual, por exemplo, e ter que caminhar pelas calçadas que eles próprios idealizaram. “É nesse momento que se percebe que poucos centímetros podem fazer a diferença”, revelou Luiz Gustavo Guimarães, arquiteto da ABCP que apresentou o projeto.

O Calçada Acessível está passando pelos municípios fluminenses de Duque de Caxias, São João de Meriti, Belford Roxo, Teresópolis, Magé, Guapimirim, Nova Iguaçu, Itaguaí, Nilópolis, Mangaratiba, Mesquita, Queimados, Japeri, Seropédica, Paracambi e agora chega a Nova Friburgo.

Fonte: Sistema FIRJAN

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