O Produto Interno Bruto (PIB) fluminense teve queda de 3,8% em 2020, de acordo com
estudo divulgado pela Firjan nesta terça-feira, 30 de março. Essa é a segunda pior retração da série histórica, que considera os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) até 2018 e os estudos da Firjan. De acordo com a federação, a queda, fortemente influenciada pela pandemia de Covid-19, é superada apenas pelo ano de 2016 (-4,4%). No entanto, é menos intensa que a registrada no país (-4,1%).
A menor queda da economia fluminense frente ao resultado nacional se justifica principalmente pelo bom desempenho da indústria extrativa. O setor de óleo e gás foi o único que encerrou 2020 com taxa de crescimento (+7%). Por outro lado, bastante afetadas pela crise sanitária, a construção civil e a indústria de transformação tiveram retração de 7,2% e 5%, respectivamente. A indústria de transformação teve queda disseminada entre os segmentos. O setor de serviços, que representa cerca 70% do PIB fluminense, registrou queda de 4,8%.
Para 2021, a Firjan projeta crescimento de 2,9% em cenário base, que considera a manutenção do ritmo de vacinação e a adesão do estado ao novo Regime de Recuperação Fiscal no primeiro semestre. Nesse cenário, o resultado ainda fica 1% abaixo do nível de atividade de 2019. O atraso dessas medidas pode resultar em crescimento ainda menor, na ordem de 1,8%.
Esse cenário mais pessimista também se apresenta se forem necessárias novas medidas restritivas determinadas por estado e municípios para conter o avanço da Covid no Rio. São ações que impactam a atividade econômica, sobretudo os setores de comércio e serviços, que sofrem mais intensamente com a redução da circulação de pessoas e o fechamento de estabelecimentos comerciais.
No cenário otimista, com rápido avanço e sucesso do programa de imunização – levando a retorno total da circulação das pessoas ainda no primeiro semestre, aprovação das reformas estruturais – em especial a reforma da previdência do estado do Rio – ainda em 2021, e melhora significativa do cenário econômico internacional – principalmente dos principais parceiros comerciais, a projeção é de crescimento de 4,1%.
Fonte: Firjan.