Evento aconteceu no dia 24 de fevereiro, na sede do Sistema FIRJAN (Foto: Fabiano Veneza)

Na abertura, o presidente do Sinduscon-Rio, Roberto Kauffmann, e o presidente do Simperj, José da Rocha, enalteceram a importância de eventos que unem o setor plástico à construção.

“As inovações em tecnologias plásticas são fundamentais para a evolução do nosso setor”, destacou Kauffmann. “Gostaria também de agradecer ao Sistema FIRJAN, que através dos cursos de qualificação e aperfeiçoamento do SENAI, tem investido na capacitação dos profissionais que trabalham para a construção”.

“O plástico é um grande aliado da construção civil. Esses eventos são essenciais para aproximarmos ainda mais os setores no nosso estado”, frisou José da Rocha.

Antes das palestras de especialistas, o presidente do Conselho Empresarial de Responsabilidade Social da FIRJAN, Luiz Césio Caetano, agradeceu a presença dos sindicatos no evento: “Temos o objetivo de buscar estratégias para inovar e modelos de negócios competitivos. Porém, sem a parceria com os sindicatos, nada disso seria possível”.

Na sequência, o assessor de Responsabilidade Social, Wagner Ramos, apresentou os resultados do Projeto Inovar para Construir, que deu nome ao evento: “Esta ação foi realizada em 2013 e teve como principais metas disseminar conhecimento sobre novas tecnologias plásticas, aumentando a produtividade e reduzindo os custos na construção”.

Soluções sustentáveis

Com o tema Inovação e Sustentabilidade no ambiente construído, o primeiro painel de palestras contou com a presença do pesquisador britânico Miles Watkins, da Building Research Establishment (BRE) – Instituto de Pesquisa Científica visitado pelos sindicatos de construção do estado em Missão Sindical de 2015, promovida pelo Sistema FIRJAN. O especialista falou sobre os benefícios e os impactos da realização das Olimpíadas de Londres em 2012 e sobre a experiência europeia na utilização de tecnologias plásticas.

“A contribuição do plástico na construção civil é fenomenal no Reino Unido. Foi a partir das novas tecnologias desse material que conseguimos suprir a falta de mão de obra”, garantiu o pesquisador.

Ao destacar a importância de práticas sustentáveis, Watkins lembrou que um dos desafios da reciclagem é não perder a qualidade do material: “Políticas de sustentabilidade são essenciais para reduzir impactos da construção civil. Precisamos evoluir e transformar o mundo com responsabilidade e de forma sustentável para o meio ambiente”.

Pesquisador britânico defendeu projetos sustentáveis para a construção (Foto: Fabiano Veneza)

O plástico como alternativa à madeira e ao concreto

Para abordar as aplicações do plástico em projetos arquitetônicos, o diretor de projetos da empresa FCM Arquitetura, Felipe Cordeiro Martins, relatou como o material vem substituindo a madeira e o concreto em estruturas de diversas construções.

“O plástico está chegando a um nível de eficiência cada vez maior. Embora não seja perceptível, ele já está remodelando estruturas concretas mais deterioradas pelo tempo. Há projetos de substituição de outros materiais pelo plástico no mundo todo, inclusive em São Paulo e no Rio. Na Lagoa Rodrigo de Freitas, por exemplo, já existem assentos construídos a partir dessa tecnologia”, contou Felipe enquanto apresentava imagens e fotos nos telões do salão.

O diretor da FCM Arquitetura ainda ressaltou que o material não exige tanta manutenção como os demais, o que viabiliza e compensa sua implantação: “A redução dos custos também é fruto do conhecimento dos materiais utilizados na produção. As indústrias que conhecem bem os efeitos do plástico eliminam gastos desnecessários em seus processos produtivos”.

O diretor da FCM Arquitetura, Felipe Cordeiro, falou sobre a substituição de outros materiais pelo plástico na construção (Foto: Fabiano Veneza)

PVC x Alumínio

No segundo painel de palestras, sobre soluções tecnológicas sustentáveis em plástico na construção civil, o presidente da Plastivida, Miguel Bahiense, discursou sobre o desempenho e a ecoeficiência de esquadrias de PVC. Ao comparar este material com o alumínio entre as opções para a produção de janelas, Bahiense defendeu o PVC baseado em avaliações do ciclo de vida e em aspectos ambientais e econômicos.

“O PVC apresenta melhor desempenho em dez das onze categorias ambientais essenciais. Ele consume três vezes menos recursos naturais e tem metade do potencial tóxico do alumínio, por exemplo. Embora o preço do PVC no mercado ainda seja maior, os valores só tendem a se aproximar no futuro e, atualmente, a variação inicial de custo se dilui com o tempo graças à ecoeficiência”, afirmou.

Em sua apresentação, Miguel Bahiense, presidente da Plastivida, destacou os benefícios do PVC (Foto: Fabiano Veneza)

Tecnologia plástica implantada na reforma do Aeroporto do Galeão

Nas últimas apresentações, o gerente de Engenharia da MVC Soluções em Plástico, Erivelto Mussio, apresentou projetos em inovação e inclusão social, tais como o “Minha Casa, Minha Vida”. Já o sócio-diretor da empresa de construção Bubbledeck, Wlicio Nascimento, mostrou as vantagens de uma nova tecnologia plástica, recentemente aplicada na expansão do Aeroporto Internacional Tom Jobim, mais conhecido como Galeão.

“A Bubbledeck permite maximizar a industrialização e simplificar os processos. É uma laje com o mesmo comportamento estrutural de lajes maciças, porém muito mais leve, sem necessidade de vigas, facilitando seu transporte para locais de difícil acesso. Por isso, posso afirmar que, para pequenas e médias empresas, essa tecnologia é mais viável economicamente”, ressaltou Wlicio.

Erivelto Mussio, da MVC Soluções em Plástico, explicou as vantagens do sistema Bubbledeck (Foto: Fabiano Veneza)

O projetista estrutural da empresa, Augusto Freire, explicou as técnicas para sua aplicação: “O sistema Bubbledeck é um método de eliminação do volume de concreto de uma laje e é composto por esferas plásticas inseridas uniformemente entre duas telas metálicas”, resumiu ao exibir as imagens. “O sucesso desse projeto é reflexo da quebra de paradigmas e da busca por inovações e novas soluções tecnológicas”, completou.

(Lucas Baldez/ Gerência de Associativismo FIRJAN)